18/07/2016
Campus Anápolis

Estudantes francesas de Medicina fazem estágio em Ginecologia

18.07.2016

Célie Schulteiss e Daphnée Brun, ambas com 20 anos, estudam Medicina na Université Jean Monnet, na cidade de Saint Étienne, na França. Elas estão no 6º semestre do curso. Por meio de uma parceria entre a UniEVANGÉLICA, através do NAI, a CLEV e a instituição francesa, elas realizam um estágio em Ginecologia na Santa Casa de Misericórdia local.

As duas chegaram ao Brasil no dia 2 de julho e já passaram por diversas experiências importantes para quem sai do seu país para viver inserida em outra cultura. “Nós queríamos ir a um país que tem uma cultura completamente diferente que a da França”, destaca Célie. O fato de poder realizar o estágio em inglês também foi um atrativo.

Ela está satisfeita com a experiência em um hospital brasileiro e aborda a diferença entre as duas formas de abordagem do estágio em Medicina: “No hospital, a relação entre os estudantes e os médicos não é a mesma coisa que nós (na França). É muito hierarquizado na França e aqui os médicos tomam as refeições com os estudantes. É um bom ambiente”.

“É como uma pequena família no hospital”, acrescenta. Célie Schulteiss ainda pontua como a Medicina é feita no Brasil e em terras francesas: “Na França, é muito mecanizado. Nós fazemos tudo com os aparelhos, os exames clínicos não são, de maneira alguma, aprofundados como aqui”.

A estagiária de Ginecologia também falou sobre os hábitos e cultura do povo brasileiro. “A primeira coisa que nos chamou a atenção é que no Brasil a gente come sempre. Tem que comer sempre, comer, comer”, disse em tom de risadas. “É muito, muito bom, mas nós vamos ganhar alguns quilos”, brincou. Sobre os brasileiros, ela confessa: “Os brasileiros são super generosos, nós fomos muito bem acolhidas. Não importa onde vamos, nós somos recebidas com um sorriso”.

Ela exalta o fato de na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis elas poderem acompanhar de perto os partos e estarem sempre em contato com as grávidas durante a gestação. Para Daphnée, o estágio no Brasil está sendo uma ótima oportunidade e explica que na França existem algumas diferenças, como o fato de haver apenas um quarto para cada paciente – no Brasil, as enfermarias abrigam vários pacientes. “É uma maneira de ver as coisas diferente”, observa.