A embaixada e os consulados dos EUA vão fazer um mutirão de entrevistas de vistos para os universitários que foram selecionados no programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. Cerca de 630 estudantes que farão graduação no país serão atendidos entre os dias 19 e 23 de dezembro em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Na última terça-feira (13), a presidente Dilma Rousseff anunciou os 1.500 selecionados no primeiro edital do Programa Ciência sem Fronteiras. Eles cursarão graduação na modalidade sanduíche em universidades norte-americanas. A chamada pública, coordenada pela Capes, recebeu 7.007 inscrições. Dos selecionados, 841 embarcam em janeiro de 2012, e os demais, em julho de 2012.
No mesmo dia, também foram lançados editais que abrem 12,5 mil vagas para estudantes interessados em cursar uma universidade no exterior. Os candidatos podem se candidatar a bolsas por meio de chamadas públicas. São oito editais que vão selecionar candidatos para seis países: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, França e Canadá.
As oportunidades são em cursos de graduação na modalidade sanduíche e, no caso do Canadá, tecnólogo sanduíche. A previsão é que cada um dos países ofereça, até 2014, 10 mil bolsas de graduação (no caso dos EUA, 18 mil).
O período de inscrições irá de 13 de dezembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012. A previsão é que a partir de março de 2012 os estudantes selecionados estejam nos países para os quais se candidataram. Durante os seis primeiros meses eles terão a possibilidade de frequentar cursos de idiomas no país de destino.
Ciência sem Fronteiras O programa Ciência sem Fronteiras foi lançado no dia 26 de julho deste ano, e deverá conceder 100 mil bolsas de estudo até 2014, sendo 75 mil financiadas pelo governo e 25 mil ofertadas pela iniciativa privada. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no país, ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros.
O foco do Ciência sem Fronteiras são áreas como engenharias, física, química, computação, biotecnologia, energias renováveis, entre outras que demandam mão de obra altamente qualificada. O investimento do governo federal será de R$ 3,1 bilhões.
Das 75 mil bolsas, 27.100 serão para gradução; 24.600 para um ano de doutorado fora; 9.790 para doutorado integral de quatro anos; 8.900 para pós-doutorado de um a dois anos; 2.660 para pesquisas de seis meses; 700 para treinamento de especialistas já empregados por até um ano; 860 para jovens cientistas, por até três anos; e outras 390 para pesquisadores de fora virem ao Brasil.
Foram selecionadas as 50 melhores universidades nas áreas de engenharia e tecnologias e ciências da saúde, incluindo Harvard, Stanford, MIT, Columbia e Yale, nos Estados Unidos. Além de Cambridge, Oxford e Imperial College, no Reino Unido, entre outras.
A bolsa incluirá passagem aérea, bolsa mensal de US$ 870 (R$ 1.600), seguro-saúde, auxílio moradia, taxas de infraestrutura, além das mensalidades escolares. Para essas, que custam R$ 30 mil e R$ 50 mil por ano, o governo espera contar com a ajuda de empresas.
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