Educação superior – 7.2.2012
Qualidade do ensino depende de mudança de concepção a partir da sala de aula, afirma pró-reitora Acadêmica
Planejamento, controle e supervisão do processo de ensino e de aprendizagem. Este é o desafio dos gestores dos cursos no sentido de garantir a oferta de ensino de qualidade, segundo a pró-reitora Acadêmica, professora Ana Lucy Macêdo dos Santos. E este processo, acredita, depende de uma mudança de concepção metodológica que deve começar na sala de aula. A pró-reitora fez esta abordagem na abertura da vigésima segunda edição do Seminário de Atualização de Práticas Docentes, realizada entre 30 de janeiro e 1º de fevereiro.
Corroborado pelo reitor Carlos Hassel Mendes e pelo presidente da Associação Educativa Evangélica (AEE) e chanceler da UniEVANGÉLICA, Ernei de Oliveira Pina, que integraram a mesa redonda, o discurso da pró-reitora Ana Lucy serviu para reforçar as diretrizes adotadas pela instituição no plano pedagógico: a estruturação de matrizes curriculares articuladas, interdisciplinares e flexíveis. “Precisamos desenvolver um trabalho conjunto e estamos contando com a assessoria da professora Léa Anastasiou nesta tarefa”, destacou.
A palestra do reitor Carlos Hassel Mendes também trouxe elementos relacionados ao aspecto pedagógico. Professores, coordenadores e diretores de cursos da UniEVANGÉLICA, Faculdade Evangélica de Goianésia e Faculdade Raízes ouviram o reitor discorrer sobre a necessidade de mudanças na prática docente e, mais que isso, e torná-las uma realidade permanente. Embora este seja um assunto recorrente, afirmou o reitor referindo-se ao tema do Seminário - Contexto institucional: anseios da qualidade frente aos desafios da contemporaneidade – é indispensável mantê-lo sempre em discussão.
O chanceler do Centro Universitário, Ernei de Pina, tratou de questões mais relacionadas à organização administrativo-financeira e à confessionalidade da instituição e, ainda, da difícil tarefa de trabalhar no sentido de atingir índices satisfatórios para atender as rigorosas exigências do Ministério da Educação. “A AEE não visa lucros, mas resultados. O que se ganha se gasta na melhoria, na expansão”, ressaltou.
O chanceler chamou a atenção para um ponto delicado – como compatibilizar qualidade e os recursos financeiros disponíveis – e que se apresenta cotididianamente como um debate permanente já que, para se garantir qualidade é preciso também investir em estrutura, em pessoal, em projetos de pesquisa e de cunho social. Ele completou dizendo que são feitos exercícios constantes no sentido de ajustar para continuar investindo e mantendo a folha de pagamento em dia, um compromisso da instituição.
Mesmo nos dias atuais, ação docente inovadora é desafio, avalia Léa Anastasiou
No XXII Seminário de Atualização de Práticas Docentes deu-se continuidade a uma das preocupações do Centro Universitário e da Mantenedora e que tem merecido atenção especial: a mudança da concepção didático-pedagógica como ressaltaram os três participantes da mesa redonda. Tanto que na edição anterior do evento, realizada em agosto do ano passado, a professora Léa Anastasiou, convidada a fazer palestra e que, posteriormente, passou a prestar consultoria à instituição, afirmou: “Mesmo hoje, uma ação docente inovadora e comprometida e com o grau de compartilhamento necessário, apresenta-se como um desafio”.
O papel do professor é o de desafiar, estimular, ajudar os alunos na construção de uma relação com o objeto de aprendizagem que, em algum nível, atenda suas necessidades, auxiliando-os a tomar consciência das necessidades existentes numa formação universitária, destacou. Anastasiou, referência nacional em didática do ensino superior, destacou que, nesse processo, é fundamental a construção de um ambiente interativo, com três elementos básicos: a abertura, o questionamento e a divergência.
No segundo dia do evento, na parte da manhã, realizou-se atividade destinada especialmente aos diretores de curso, coordenadores pedagógicos e alguns professores. Na ocasião, a Profª Leá discutiu os meios para análise do Projeto Pedagógico dos cursos e a forma de se fazer uma reforma curricular tomando por referência uma proposta de matriz articulada, segundo a coordenadora de Qualificação Docente, Odiones de Fátima Borba.
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