27/06/2023
Campus Anápolis

A diabetes á uma doença causada pela falta ou má absorção da insulina, hormônio que promove o aproveitamento da glicose como energia para o corpo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 6,9% da população brasileira vivem com a doença. São mais de 13 milhões de pessoas.

Para saber um pouco mais sobre a doença e dar dicas de como prevenir, nós conversamos com dois profissionais do Curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás. O professor assistente de endocrinologia, Leandro Magalhães Feitoza, explica que a maioria das pessoas diagnosticadas é assintomática.

“Quando a pessoa apresenta os sintomas, em geral, é porque o nível de glicemia no sangue está muito alto. Neste caso é preciso procurar um especialista”, diz.

Os principais sintomas são:

  • Perda de peso;
  • Sede e fome em excesso;
  • Visão turva;
  • Acordar várias vezes à noite para urinar;
  • Presença de formigas no vaso sanitário (por causa de açúcar na urina);
  • Fraqueza e prostração;
  • Respiração profunda.

“Mulheres podem ter candidíase vaginal de repetição, como infecção urinária. Homens podem ter infecção fúngica no pênis. E é associado também a um quadro de cansaço, dormência e formigamento nas extremidades”, acrescenta o endocrinologista Leandro Magalhães Feitoza.

Existem vários tipos de diabetes (tipo 1, tipo 2, diabetes gestacional e diabetes associados a outras patologias). E alguns fatores de risco:

  • Obesidade;
  • Hereditariedade;
  • Sedentarismo;
  • Alimentação inadequada;
  • Sono insuficiente;
  • Hipertensão;
  • Estresse emocional;
  • Idade acima de 40 anos (para o diabetes tipo 2).

O egresso e hoje preceptor do Curso de Medicina, o endocrinologista pediatra Dante Carmo Correia Filho explica que crianças também podem desenvolver a diabetes. “Quando falamos de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), cuja maior incidência ocorre em crianças e adolescentes, a genética é um fator muito importante, contudo, não necessariamente ligado a hereditariedade. Algumas crianças estão mais susceptíveis a se tornarem diabéticas após infecções por alguns vírus, como Enterovírus, Rubéola, Caxumba, Citomegalovírus, H1N1, Influenza, Rotavírus e até mesmo o Coronavírus. Após essas infecções, seus sistemas imunes podem começar a produzir auto anticorpos que atacam a destroem as células do pâncreas”, explica.

A doença não tem cura, mas tem tratamento. Além de ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, é preciso que o paciente com diabetes tenha um estilo de vida saudável. Aliás, estilo de vida saudável é também uma forma de prevenir a doença.

“A pessoa que tem diabetes pode ter uma qualidade de vida igual quem não tem. Mas pra isso, ela precisa ter uma reeducação alimentar, precisa fazer atividade física e precisa dormir bem. Porque tudo isso são fatores que impactam no controle da glicemia e, consequentemente, do paciente ter uma qualidade de vida”, orienta o médico Leandro Magalhães Feitoza.

Dante também ressalta a importância da vacinação nas crianças. “É preciso manter a caderneta de vacinação atualizada e, claro, ter um estilo de vida saudável. Uma alimentação saudável, com redução no consumo de açúcares, gorduras e industrializados, associados ao aumento no consumo de frutas, legumes e vegetais é essencial para evitar aumentar os níveis glicêmicos. Além disso, a prática de atividade física regular e noites de sono com o sono reparador são essenciais”, conclui.