Para Thiago Vieira Oliveira, escrever é uma forma de traduzir e mudar a realidade. Estudante do 6º período de Psicologia na Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA, ele é autor de dois livros: Poética das Águas (2017) e Entre Nuvens e Voos (2021). NEsta semana em que se comemora o Dia da Poesia (31 de outubro), ele concedeu uma entrevista especial sobre o assunto.
"O primeiro livro é sobre um período depressivo que enfrentei, com poemas com metáforas sobre águas, cachoeiras, rios, representando a dor e sofrimento que eu guardava e represava, como se fosse uma represa dentro de mim. E eu comecei a liberar essas águas, conforme eu fazia terapia", explica Thiago. "E isso contribuiu para eu fazer psicologia depois aqui na Uni", disse ainda.
"O segundo livro é sobre liberdade, sobre asas, sobre voos. Depois que eu estava bem na terapia, eu comecei a fazer poemas mais voltados para essa liberdade de voar, sobre aproveitar a si mesmo, se amar, poemas voltados mais para a autoestima, para essa liberdade", afirma ainda o escritor.
Ele, que já é graduado em Letras, é um verdadeiro apaixonado por seu ofício de escritor, buscando na vida sua inspiração. "O que me inspira a escrever é a própria existência. Viver, existir é difícil. E se não for através da palavra pra se pensar numa nova possibilidade de existência, não há por que escrever. Então, escrever é uma forma de você transgredir com a realidade vigente, com aquele sentimento, com aquela emoção e dar uma abertura, talvez a um sentimento, talvez uma nova emoção... A poesia ajuda o homem a ver o mundo de um modo diferente", evidencia o estudante de Psicologia Thiago Vieira Oliveira.
Ele enxerga na poesia uma arte que permite expressar sentimentos e emoções, "repensar o real" e "reescrever histórias". A beleza do texto poético é destacada por ele, que evidencia ainda o poder desse formato de produção escrita para expressar sentimentos.
"Eu acho que a poesia nos coloca em contato com o belo e a poesia é uma forma de escrita mais breve. Então, através desse estilo de escrita, desse estilo textual, você toma um conhecimento do belo. O que é o belo? É o sublime, o elevado e aquilo que arranca suspiros. E a poesia, num mundo tão corrido como esse, ela nos ajuda a respirar, a contemplar este belo e a sermos tocados. A poesia tem esse papel de tocar, de entrar no mais profundo do homem e torná-lo um pouco mais sensível", ressalta.
Como referência pessoal, ele cita os escritores nacionais Clarice Lispector, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Orides Fontela e duas professoras que ele teve, as goianas Rita de Cássia e Divina Paiva.
Seu desejo? "Como escritor, eu tenho o sonho de levar os meus livros para as escolas públicas de Goiás. Eu gostaria de ver adolescentes e crianças lendo os meus livros e se reconhecendo na minha poesia. Então, eu gostaria muito de ir para essas escolas estaduais ou particulares". "Isso faz muito sentido para mim enquanto escritor, ter minha literatura lida por outros", diz ainda Thiago Vieira Oliveira, escritor e estudante de Psicologia.
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