10/10/2023
Campus Anápolis

O dia 10 de outubro é um dia de luta, não de comemoração. A luta é contra a violência à mulher. Aliás, quando se fala sobre esse tema, não há muito que comemorar.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, só no ano passado no Brasil foram registrados 1,4 mil casos de feminicídio; 6,1 mil casos de assédio sexual; 245,7 mil casos de violência doméstica e 74,9 mil casos de estupros e estupros de vulnerável.

A luta é para que esses números diminuam. E neste dia, queremos falar também de outro tipo de violência, aquele que não deixa marcas no corpo, mas que pode deixar marcas profundas na alma. A violência psicológica.

“As mulheres geralmente observam que violência é violência física, aquela que deixa marcas, aquela que deixa hematomas. Mas é preciso ressaltar que existe outro tipo de violência também muito importante, que é a violência psicológica. Que perpassa por humilhações, chantagens, gritos, ameaças e xingamentos. Essa violência pode não deixar exatamente marcas físicas, mas deixa marcas psicológicas e que devem ser tratadas”, ressalta a professora do Curso de Psicologia da Universidade Evangélica de Goiás, Tatiana Valéria.

A Profa. Tatiana também fala que nesses casos é importante buscar tratamento, procurar atendimento psicológico e uma escuta qualificada.  A Coordenadora Pedagógica do Curso de Enfermagem da Faculdade Evangélica de Goianésia, Profa. Geoeselita Teixeira Borges, adverte que é preciso denunciar todos os tipos de violência.

“Quero citar alguns exemplos de violência pouco falados. Quando a mulher é difamada, caluniada, humilhada, obrigada a ter relações sexuais contra sua vontade ou até mesmo não poder ter direito a escolha de métodos contraceptivos, quando ouve ou presencia socos na mesa, gritos que assusta, quando ela não pode ter posse de cartões de crédito ou até mesmo de ter a sua independência financeira. Esses casos tem que ter atenção”, explica.

Denúncia

O Governo Federal mantém um canal constante de atendimento à mulher. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia. O Ligue 180 atende todo o território nacional e oferece escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência.

Quebre o silêncio, erga a voz e junte-se a luta contra a violência contra a mulher!