26/03/2023
Campus Anápolis

Um besouro (Paederus irritans) foi o responsável por lesões no corpo de uma moradora de Pirenópolis. Nayzis Lívia Gonçalves percebeu que o animal, conhecido por 'potó', caminhava sobre seu corpo e decidiu matá-lo com um tapa. Ao ser esmagado, o bicho liberou uma substância que causou a grave infecção de pele.

"Quando em contato com a pele, pode ocorrer o esmagamento desse besouro e, quando ocorre o esmagamento, ele libera uma substância presente no sangue do besouro, o sangue conhecido como hemolinfa. E essa substância tem ação tóxica à pele do homem", destaca a professora da UniEVANGÉLICA Klenia Rodrigues Pacheco Sá, agrônoma e especialista em entomologia.

Klênia gravou um vídeo explicativo sobre o tema, no qual ela explica as características do besouro e ainda o mecanismo que pode levar a lesões no corpo humano. "Na verdade, ele pertence à ordem dos coleópteros, que são os besouros. Só que esse inseto, por ele ter uma característica do corpo diferentes daqueles tradicionais besouros que nós conhecemos, muita gente acha que é um inseto de outra ordem, mas o 'potó', do gênero paederus, um gênero muito importante dentro dos besouros, ele tem uma característica diferente de outros besouros tradicionais", destaca.

O 'potó' tem preferência por lugares mais úmidos e mais quentes, sendo atraído pela luz branca. Ao entrar em residências, muitas vezes acaba se escondendo no corpo humano, principalmente em dobras. Quando uma pessoa coça o local e esmaga o inseto, este libera a substância nociva. "Essa substância é uma substância tóxica", destaca a professora Klênia, que leciona para os cursos de Ciências Agronômicas e Ciências Biológicas da UniEVANGÉLICA.

Para evitar a presença desse inseto dentro das casas, o ideal é que, no final da tarde, as portas e janelas sejam fechadas. A luz amarela repele esse besouro, portanto, o ideal é dar preferência para esse tipo de iluminação.